Até a data de hoje(19/02) foram anunciados pela
Santa Casa de Misericórdia de Marília e Hospital das Clínicas, pelo menos 6
casos de óbito diagnosticados com dengue. Os postos de saúde e pronto
atendimento estão lotados de pessoas que buscam atendimento com suspeita da
doença que fontes extraoficiais, mas ligadas à área da saúde, anunciam como
mais 15.000 casos na cidade.
Realmente é motivo de preocupação para todos os
cidadãos marilienses e de várias cidades na região de Marília.
No último dia 06/02 o prefeito municipal
decretou “emergência” por conta da dengue. A medida dá mais agilidade ao poder
público para tomar uma série de ações. Mas quais ações podem ser eficazes?
Segundo informações da Secretaria de Saúde “3 em cada 5 imóveis vistoriados
apresentam situação de risco” isso representa 60% dos imóveis da cidade. Cada
um de nós tem participação ativa no controle desta epidemia, seja na manutenção
de nossos quintais e telhados devidamente limpos, evitando a existência de
criadouros, seja na denúncia ao poder público quando identificado descasos com
a manutenção da limpeza, que por vezes ocorre pelo próprio poder público.
O problema não é só de Marília.
A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Considerada a mais importante
arbovirose no mundo, acomete anualmente cerca de 50 milhões de pessoas,
apresentando grande potencial de expansão e um caráter endemo-epidêmico em
praticamente todos os continentes do globo.
E a vacina?
Ainda sujeita à aprovação regulatória, a
primeira vacina do mundo contra a dengue pode estar disponível no segundo
semestre de 2015. A divisão Sanofi Pasteur da farmacêutica francesa SANOFI
pretende apresentar o pedido para registo da vacina em vários países endêmicos,
entre eles o Brasil. Ainda assim a proteção obtida pela vacina não atinge 61%
na média dos sorotipos.
Enquanto isso, no Brasil, onde a presença do
mosquito está em 60% dos municípios, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deu
início em 24 de setembro de 2014 a uma importante etapa do projeto ‘Eliminar a
Dengue: Desafio Brasil’. Já realizada com sucesso na Austrália, Vietnã e
Indonésia, a fase de estudos de campo conta com a liberação de mosquitos Aedes
aegypti com a bactéria Wolbachia. O projeto conta com o apoio do Instituto Oswaldo
Cruz (IOC/Fiocruz), Centro de Pesquisas René Rachou (Fiocruz/Minas) e do
Programa de Computação Científica (PROCC/Fiocruz). O primeiro local a
participar é o bairro de Tubiacanga, localizado na Ilha do Governador, na
cidade do Rio de Janeiro, e estudado pela equipe do projeto desde 2012. Esta é
a primeira vez em que um país nas Américas recebe o estudo. A Fio Cruz também
trabalha em estudos da vacina.
Tratamento e alimentação
Não
existe tratamento específico para combater o vírus. Sua função é combater a
desidratação e aliviar os sintomas, ou seja, as medidas se baseiam no conforto
do paciente. Não devem ser usados medicamentos que possam interferir com a
coagulação sangüínea. Basicamente temos a hidratação oral e o combate à febre
alta. Siga sempre as orientações médicas. É necessário manter uma alimentação
saudável durante e depois do tratamento, já que uma pessoa bem nutrida possui
sistema imunológico mais fortalecido. Assim, por mais que se infecte com o
vírus, possivelmente não desenvolverá os sintomas de forma tão avassaladora,
porque seu combate será mais ativo.
O doente
deve consumir arroz, feijão, frutas, hortaliças e tentar comer o máximo que
conseguir. Como a pessoa com dengue fica sem vontade de se alimentar, deve-se
maximizar cada refeição, fazendo com que as porções ingeridas sejam ricas em
nutrientes. Além disso, é importante manter uma boa hidratação durante todo tratamento.
O site
Cura Pela Natureza apresenta 4 receitas naturais para combater a dengue:
CRAVO-AMARELO
O
cravo-de-defunto ou cravo-amarelo (Tagetes erecta Linn.) é muito efetiva no
combate à dengue.
Ela não
tem contraindicações.
Como
fazer o chá do cravo-amarelo:
Duas
colheres de sopa de folhas e partes secas para meio litro de água.
Ferva a
água, adicione a erva e desligue o fogo.
Quando
amornar, coe e beba.
Tome de
três a quatro xícaras ao dia.
E o
xarope:
Pegue
duas colheres de sopa de cravo-amarelo, junte meia xícara de água e leve ao
fogo baixo.
Quando
ferver, adicione o mel, desligue o fogo, abafe e deixe esfriar.
Coe,
coloque em uma garrafa de vidro e tome umas cinco colheres (sopa) durante o
dia.
UNHA-DE-GATO
A
unha-de-gato (Uncaria tomentosa) é um poderoso antibiótico natural, segundo
várias pesquisas científicas.
E um
estudo da Fiocruz, realizado em 2009, constantou que ela também possui a
capacidade de combater a dengue.
Como
fazer o chá de unha-de-gato:
Use 1
colher (sopa) das folhas trituradas para 1 litro de água.
Ferva a
água.
Acrescente,
quando levantar fervura, a unha-de-gato.
Tampe a
panela.
Deixar a
mistura no fogo por mais 3 ou 4 minutos.
Desligue
o fogo.
Deixe
repusar por 10 minutos.
Coe e
beba de 2 a 3 xícaras ao dia.
INHAME
Em
regiões úmidas da Ásia e da África, sempre houve fartura de inhame.
Fácil de
colher, fácil de preparar e ainda por cima gostoso, o inhame se tornou um dos
principais alimentos básicos desses povos.
O que
não se sabia é que, durante séculos e séculos, o pequeno tubérculo estava
protegendo as pessoas da malária, da dengue, da febre-amarela.
E eis
que descobriram a mandioca/aipim/macaxeira, também deliciosa e fácil, que além
do mais dava boa farinha, própria para guardar ou fazer pão, goma para a
tapioca de cada dia e ainda bebidas alcoólicas, como cauim, alué e tiquira, que
ajudavam a esquecer e sonhar.
O inhame
foi deixado de lado. As pessoas começaram a morrer de malária.
Isso foi
muito bem observado na África, onde as roças de inhame foram substituídas por
seringais.
Mas nada
mudou em relação aos poderes desse tubérculo.
Comer
inhame continua funcionando para evitar e tratar as doenças transmitidas por
mosquitos, como a dengue.
Há algo
nele, talvez o altíssimo teor de zinco, que neutraliza no sangue o agente
infeccioso transmitido pelo Aedes aegypti.
O povo
diz que é seu visgo que tem poderes.
Não se
sabe ao certo.
A
ciência ainda não se interessou pelo assunto.
O fato é
que o inhame está nas feiras e mercados para quem quiser se beneficiar dele.
Uma de
nossa receitas favoritas com o inhame é seu suco, que funciona como um tônico
depurativo do sangue.
Esse
suco é uma proteção não só contra a dengue, mas também contra várias ameaças de
agentes causadores de doenças.
Como
preparar o suco de inhame:
Os
ingredientes são :
1 inhame
(cru) pequeno ou metade de um médio da variedade conhecida como japonês ou
paulista (veja a foto ao lado)
1 maçã
1 limão
1
pedacinho de gengibre (opcional)
Meio
litro de água
Mel ou
açúcar mascavo para adoçar (opcional)
O modo
de preparo:
Esprema
o limão, pique o inhame e a maçã.
Se usar
o gengibre, rale-o.
Bata
tudo no liquidificador e sirva com ou sem gelo.
O suco
pode ser consumido diariamente.