quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Dengue

Até a data de hoje(19/02) foram anunciados pela Santa Casa de Misericórdia de Marília e Hospital das Clínicas, pelo menos 6 casos de óbito diagnosticados com dengue. Os postos de saúde e pronto atendimento estão lotados de pessoas que buscam atendimento com suspeita da doença que fontes extraoficiais, mas ligadas à área da saúde, anunciam como mais 15.000 casos na cidade.

Realmente é motivo de preocupação para todos os cidadãos marilienses e de várias cidades na região de Marília.

No último dia 06/02 o prefeito municipal decretou “emergência” por conta da dengue. A medida dá mais agilidade ao poder público para tomar uma série de ações. Mas quais ações podem ser eficazes? Segundo informações da Secretaria de Saúde “3 em cada 5 imóveis vistoriados apresentam situação de risco” isso representa 60% dos imóveis da cidade. Cada um de nós tem participação ativa no controle desta epidemia, seja na manutenção de nossos quintais e telhados devidamente limpos, evitando a existência de criadouros, seja na denúncia ao poder público quando identificado descasos com a manutenção da limpeza, que por vezes ocorre pelo próprio poder público.

O problema não é só de Marília.

A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Considerada a mais importante arbovirose no mundo, acomete anualmente cerca de 50 milhões de pessoas, apresentando grande potencial de expansão e um caráter endemo-epidêmico em praticamente todos os continentes do globo.

E a vacina?

Ainda sujeita à aprovação regulatória, a primeira vacina do mundo contra a dengue pode estar disponível no segundo semestre de 2015. A divisão Sanofi Pasteur da farmacêutica francesa SANOFI pretende apresentar o pedido para registo da vacina em vários países endêmicos, entre eles o Brasil. Ainda assim a proteção obtida pela vacina não atinge 61% na média dos sorotipos.

Enquanto isso, no Brasil, onde a presença do mosquito está em 60% dos municípios, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deu início em 24 de setembro de 2014 a uma importante etapa do projeto ‘Eliminar a Dengue: Desafio Brasil’. Já realizada com sucesso na Austrália, Vietnã e Indonésia, a fase de estudos de campo conta com a liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia. O projeto conta com o apoio do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Centro de Pesquisas René Rachou (Fiocruz/Minas) e do Programa de Computação Científica (PROCC/Fiocruz). O primeiro local a participar é o bairro de Tubiacanga, localizado na Ilha do Governador, na cidade do Rio de Janeiro, e estudado pela equipe do projeto desde 2012. Esta é a primeira vez em que um país nas Américas recebe o estudo. A Fio Cruz também trabalha em estudos da vacina.

Tratamento e alimentação

    Não existe tratamento específico para combater o vírus. Sua função é combater a desidratação e aliviar os sintomas, ou seja, as medidas se baseiam no conforto do paciente. Não devem ser usados medicamentos que possam interferir com a coagulação sangüínea. Basicamente temos a hidratação oral e o combate à febre alta. Siga sempre as orientações médicas. É necessário manter uma alimentação saudável durante e depois do tratamento, já que uma pessoa bem nutrida possui sistema imunológico mais fortalecido. Assim, por mais que se infecte com o vírus, possivelmente não desenvolverá os sintomas de forma tão avassaladora, porque seu combate será mais ativo.
O doente deve consumir arroz, feijão, frutas, hortaliças e tentar comer o máximo que conseguir. Como a pessoa com dengue fica sem vontade de se alimentar, deve-se maximizar cada refeição, fazendo com que as porções ingeridas sejam ricas em nutrientes. Além disso, é importante manter uma boa hidratação durante todo tratamento.

O site Cura Pela Natureza apresenta 4 receitas naturais para combater a dengue:

CRAVO-AMARELO

O cravo-de-defunto ou cravo-amarelo (Tagetes erecta Linn.) é muito efetiva no combate à dengue.

Ela não tem contraindicações.
Como fazer o chá do cravo-amarelo:

Duas colheres de sopa de folhas e partes secas para meio litro de água.
Ferva a água, adicione a erva e desligue o fogo.
Quando amornar, coe e beba.
Tome de três a quatro xícaras ao dia.

E o xarope:

Pegue duas colheres de sopa de cravo-amarelo, junte meia xícara de água e leve ao fogo baixo.
Quando ferver, adicione o mel, desligue o fogo, abafe e deixe esfriar.
Coe, coloque em uma garrafa de vidro e tome umas cinco colheres (sopa) durante o dia.

UNHA-DE-GATO

A unha-de-gato (Uncaria tomentosa) é um poderoso antibiótico natural, segundo várias pesquisas científicas.

E um estudo da Fiocruz, realizado em 2009, constantou que ela também possui a capacidade de combater a dengue.

Como fazer o chá de unha-de-gato:

Use 1 colher (sopa) das folhas trituradas para 1 litro de água.
Ferva a água.
Acrescente, quando levantar fervura, a unha-de-gato.
Tampe a panela.
Deixar a mistura no fogo por mais 3 ou 4 minutos.
Desligue o fogo.
Deixe repusar por 10 minutos.
Coe e beba de 2 a 3 xícaras ao dia.

INHAME

Em regiões úmidas da Ásia e da África, sempre houve fartura de inhame.

Fácil de colher, fácil de preparar e ainda por cima gostoso, o inhame se tornou um dos principais alimentos básicos desses povos.

O que não se sabia é que, durante séculos e séculos, o pequeno tubérculo estava protegendo as pessoas da malária, da dengue, da febre-amarela.

E eis que descobriram a mandioca/aipim/macaxeira, também deliciosa e fácil, que além do mais dava boa farinha, própria para guardar ou fazer pão, goma para a tapioca de cada dia e ainda bebidas alcoólicas, como cauim, alué e tiquira, que ajudavam a esquecer e sonhar.

O inhame foi deixado de lado. As pessoas começaram a morrer de malária.

Isso foi muito bem observado na África, onde as roças de inhame foram substituídas por seringais.

Mas nada mudou em relação aos poderes desse tubérculo.

Comer inhame continua funcionando para evitar e tratar as doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue.

Há algo nele, talvez o altíssimo teor de zinco, que neutraliza no sangue o agente infeccioso transmitido pelo Aedes aegypti.

O povo diz que é seu visgo que tem poderes.

Não se sabe ao certo.

A ciência ainda não se interessou pelo assunto.

O fato é que o inhame está nas feiras e mercados para quem quiser se beneficiar dele.

Uma de nossa receitas favoritas com o inhame é seu suco, que funciona como um tônico depurativo do sangue.

Esse suco é uma proteção não só contra a dengue, mas também contra várias ameaças de agentes causadores de doenças.

Como preparar o suco de inhame:

Os ingredientes são :

1 inhame (cru) pequeno ou metade de um médio da variedade conhecida como japonês ou paulista (veja a foto ao lado)
1 maçã
1 limão
1 pedacinho de gengibre (opcional)
Meio litro de água
Mel ou açúcar mascavo para adoçar (opcional)

O modo de preparo:

Esprema o limão, pique o inhame e a maçã.
Se usar o gengibre, rale-o.
Bata tudo no liquidificador e sirva com ou sem gelo.
O suco pode ser consumido diariamente.