terça-feira, 19 de maio de 2009

Receita: evolução da arrecadação indica recuperação

A arrecadação do Governo federal atingiu R$ 217,506 bilhões no primeiro quadrimestre deste ano, o que representou uma queda de 7,11%, em relação à igual período de 2008, quando o número registrado foi de R$ 235,582 bilhões. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (18/5) pelo coordenador-geral de Estudos, Previsão e Análise da RFB (Receita Federal do Brasil), Auditor-Fiscal Marcelo Lettiere. Os dados são corrigidos pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

O valor arrecadado apenas em abril foi de R$ 57,698 bilhões, valor superior aos R$ 53,261 bilhões de março, mas uma queda real de 8,5% frente à igual período do ano passado. Esse foi o sexto mês consecutivo de queda da arrecadação dos tributos federais e das contribuições previdenciárias. A arrecadação começou a cair em novembro de 2008, quando foi registrada uma queda de 2,13%. Em dezembro e janeiro, as baixas foram de 4,58% e 6,49%, respectivamente. Em fevereiro, foi registrada a maior queda, de 11,13%. Os números de março revelaram uma queda de 5,93%, mas Lettiere ressalta que no resultado estava embutido a lucratividade de 2008. Na avaliação de Lettiere, o demonstrativo de abril é o primeiro que, de fato, pode indicar certa recuperação.

A linha de evolução da arrecadação indica uma recuperação. O dado de abril em relação a fevereiro mostra que o segundo mês do ano foi o ‘fundo do poço’ da arrecadação. Mas ainda precisamos fechar o resultado econômico do primeiro trimestre para fazer uma estimativa melhor desta tendência”, comentou Marcelo Lettiere.
Ainda segundo dados da RFB, os fatores que mais contribuíram para não trazer o resultado das arrecadações para os níveis de 2008 estão relacionados às compensações, que foram da ordem de 4 bilhões no quadrimestre de 2009 e das desonerações para enfrentar a crise, que foram de R$ 8,4 bilhões. A queda da arrecadação também está relacionada ao IRPJ, PIS/COFINS, tributos que mais estão sofrendo o impacto da crise econômica mundial.
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fonte: UNAFISCO