19/03/2015 09:42 | Atualização: 19/03/2015 10:21
Vera Batista
As esperanças dos
servidores de aumentar o número de concursos públicos e de convocações para
repor o quadro de pessoal — uma das reivindicações da campanha salarial de 2015
— não deverão se concretizar tão cedo. Ontem, em pronunciamento na Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE), do Senado, o ministro do Planejamento, Nelson
Barbosa, deixou claro que o ajuste das contas públicas é prioridade e, em
consequência, as nomeações tendem a ser postergadas para não atrapalhar o
esforço da equipe econômica em atingir a meta de superavit primário (economia
para pagar os juros da dívida), de R$ 55,3 bilhões no caso do governo federal.
“Já fiz vários concursos e entendo a ansiedade.
A intenção é efetivarmos os concursados o mais rápido possível, mas dentro de
nossa limitação fiscal. O governo administra a velocidade de admissão conforme
o prazo de validade dos certames e a execução orçamentária”, disse Barbosa.
Como exemplo, citou o concurso para auditor-fiscal, válido até julho. Mas não
indicou quando ou quantas pessoas serão chamadas.
O ministro afirmou ainda que reestruturações de
carreiras serão tratadas com cautela. Ao responder a uma indagação do senador
Hélio José (PSD/DF) sobre a equiparação salarial dos analistas de
infraestrutura a servidores que exercem funções semelhantes na Esplanada,
Barbosa afirmou que o tema será tratado em bloco. “As negociações que envolvem
salários e carreiras serão em conjunto”, resumiu.
Barbosa revelou que não há intenção de reduzir
nem o número de ministérios e nem a quantidade de cargos de confiança. “Alguns
ministérios foram criados para dar mais relevância a alguns assuntos. Foi uma
decisão política. Eles representam muito pouco em termos de gasto adicional em
relação à importância política que têm”, disse.
Reajuste
Provocado pelo senador Reguffe (PDT-DF) sobre o
excesso de cargos em comissão, Barbosa afirmou que o governo pensa em mudar a
nomenclatura para evitar confusão. Segundo ele, em janeiro, havia 23 mil cargos
comissionados, dos quais 17 mil eram ocupados por servidores. “Cria-se a falsa
percepção de que 23 mil pessoas não concursadas estão em cargos de confiança.
Na verdade, são 6 mil”, afirmou.
Os servidores, por outro lado, estão unidos em
torno da campanha salarial. Reivindicam reajuste linear de 27,3%, mas querem,
principalmente, abrir o diálogo com o governo. “Temos consciência de que o
ajuste fiscal é importante. Mas queremos conversar. Não é possível que, ao
longo de 13 anos, um governo dos trabalhadores não tenha nem sequer
estabelecido uma data-base, o que provoca, a cada ano, atos para o simples
direito à recomposição inflacionária”, destacou Rudinei Marques, presidente do
Sindicato Nacional dos Analistas Técnicos de Finanças e Controle (Unacon
Sindical).
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fonte:Correio Web
http://concursos.correioweb.com.br/app/noticias/2015/03/19/noticiasinterna,34708/governo-vai-segurar-as-nomeacoes-declara-ministro-do-planejamento.shtml#.VRCgdfnF-Sp
http://concursos.correioweb.com.br/app/noticias/2015/03/19/noticiasinterna,34708/governo-vai-segurar-as-nomeacoes-declara-ministro-do-planejamento.shtml#.VRCgdfnF-Sp
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