Este é o título do post
Publicado em 27 Outubro 2016 pela Diretoria Executiva Nacional do Sindicato
Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil no post a Diretoria
informa que “O segundo relatório do deputado Wellington Roberto, relator da
Comissão Especial que analisa o PL (Projeto de Lei) 5864/16 foi, para dizer o
mínimo, um escárnio.”
Segundo
a análise dos profissionais daquele Órgão, O relatório cria uma total confusão
administrativa na RFB (Receita Federal do Brasil) e instaura o caos.
E
fazem as seguintes indagações: “será que o deputado tem consciência do que está
fazendo? E com que objetivo está agindo de forma tão flagrantemente contrária
ao interesse público?”
Há
dois dias, o Estado de São Paulo publicou artigo da lavra do jornalista
Marchezan Taveira intitulado “Como os tentáculos de Eduardo Cunha estão sendo plantados na Receita Federal” dando
um entendimento mais claro sobre os possíveis interesses por trás da
implantação do caos na RFB e já adianto: nenhum destes interesses é
republicano, passando longe dos interesses da sociedade brasileira.
Depreende-se
do trabalho do jornalista (muito elucidativo por sinal), que os interesses são
corporativos e vão no sentido de enfraquecer o órgão para dominá-lo, utilizando
como massa de manobra uma de suas carreiras, apoderando-se de pontos
chaves dentro da administração do mesmo. Esta estratégia busca, ainda, inibir as investigações contra os crimes
de sonegação, principalmente aquelas ligadas aos agentes políticos a eles vinculados.
Como as investigações vinham caminhando rapidamente, estão
correndo contra o tempo nesta desestruturação, por isso, usam do PL 5864/16 que
está, hoje, no Congresso Nacional sobre a influência de Cunha, seus aliados e outros interessados em
escapar das investigações. Claro que o Projeto de Lei deveria ser aprovado sem alteração,
afinal, foi proposto pelo próprio Presidente da República como resultado de um
acordo celebrado com os servidores da Receita Federal após quase dois anos de negociação.
A
mudança do texto original do mencionado PL, foi uma ardilosa manobra destes interesses
inconfessáveis. É certo que o corpo funcional da RFB sofre sem uma solução e
sem a correção dos salários que já perdura a 4 anos e poderá perdurar mais 20
com o advento da PEC 241. Mas quem tem mais a perder com este episódio, caso
texto original do PL seja finalmente alterado com todas as consequências que
advirão, será indubitavelmente a democracia e a sociedade brasileira.
Vamos aguardar para conhecer o resultado e os interessados de ambos os lados.
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