segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Receita Federal sob ataque

      Este é o título do post Publicado em 27 Outubro 2016 pela Diretoria Executiva Nacional do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil no post a Diretoria informa que “O segundo relatório do deputado Wellington Roberto, relator da Comissão Especial que analisa o PL (Projeto de Lei) 5864/16 foi, para dizer o mínimo, um escárnio.”
Segundo a análise dos profissionais daquele Órgão, O relatório cria uma total confusão administrativa na RFB (Receita Federal do Brasil) e instaura o caos.
E fazem as seguintes indagações: “será que o deputado tem consciência do que está fazendo? E com que objetivo está agindo de forma tão flagrantemente contrária ao interesse público?”
Há dois dias, o Estado de São Paulo publicou artigo da lavra do jornalista Marchezan Taveira intituladoComo os tentáculos de Eduardo Cunha estão sendo plantados na Receita Federaldando um entendimento mais claro sobre os possíveis interesses por trás da implantação do caos na RFB e já adianto: nenhum destes interesses é republicano, passando longe dos interesses da sociedade brasileira.
Depreende-se do trabalho do jornalista (muito elucidativo por sinal), que os interesses são corporativos e vão no sentido de enfraquecer o órgão para dominá-lo, utilizando como massa de manobra uma de suas carreiras, apoderando-se de pontos chaves dentro da administração do mesmo. Esta estratégia busca, ainda, inibir as investigações contra os crimes de sonegação, principalmente aquelas ligadas aos agentes políticos a eles vinculados.
Como as investigações vinham caminhando rapidamente, estão correndo contra o tempo nesta desestruturação, por isso, usam do PL 5864/16 que está, hoje, no Congresso Nacional sobre a influência de Cunha, seus aliados e outros interessados em escapar das investigações. Claro que o Projeto de Lei deveria ser aprovado sem alteração, afinal, foi proposto pelo próprio Presidente da República como resultado de um acordo celebrado com os servidores da Receita Federal após quase dois anos de negociação.
A mudança do texto original do mencionado PL, foi uma ardilosa manobra destes interesses inconfessáveis. É certo que o corpo funcional da RFB sofre sem uma solução e sem a correção dos salários que já perdura a 4 anos e poderá perdurar mais 20 com o advento da PEC 241. Mas quem tem mais a perder com este episódio, caso texto original do PL seja finalmente alterado com todas as consequências que advirão, será indubitavelmente a democracia e a sociedade brasileira. 

Vamos aguardar para conhecer o resultado e os interessados de ambos os lados.

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